quinta-feira, 20 de março de 2014

Crimeia liberta comandante da Marinha ucraniana

Angela Merkel diz que UE está preparada para aprovar sanções econômicas à Rússia no caso de um agravamento da crise.

Soldado ucraniano abandona uma base militar na Crimeia tomada pelas forças pró-russas Filippo Monteforte/AFP

O comandante da Marinha ucraniana na Crimeia, detido quarta-feira pelas forças pró-russas, foi libertado durante a noite, anunciou a Presidência ucraniana. A crise na região volta a ser debatida pelos líderes da União Europeia e a chanceler alemã, Angela Merkel, garante que estão preparados para uma terceira fase nas sanções contra a Rússia se houver "uma escalada na situação"
Sergei Gaiduk [Serhiy Hayduk] foi detido por militares – que por não terem distintivos são identificados como forças leais às novas autoridades pró-russas da Crimeia – durante a tomada das bases, onde durante as últimas semanas, viveram cercados algumas centenas de soldados ucranianos. Vestidos à civil, os militares deixaram as bases sem incidentes, mas testemunhas contam que o contra-almirante foi levado pelo que aparentavam ser forças especiais russas. Fontes no local contaram que Gaiduk [Hayduk] teria sido detido para responder pela autorização que deu aos homens sob o seu comando para abrirem fogo em caso de tomada das bases.
Ao início da noite, o Presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchinov, ameaçou tomar “as medidas adequadas” se “o poder autoproclamado da Ucrânia” não libertasse Gaiduk [Hayduk] e outros dirigentes ucranianos que teriam sido entretanto detidos. Em Moscou, o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, instruiu também os responsáveis locais a libertarem todos os detidos, o que acabou por acontecer durante a noite.
O pai de um dos detidos, o deputado do parlamento autônomo Anatoli Gritsenko, anunciou que o grupo foi libertado junto à aldeia de Tchongar, num dos postos de controle criados nos últimos dias entre a Crimeia e o resto da Ucrânia, adianta a AFP.

Endurecimento de sanções
Com a tensão ao rubro – se não militar, pelo menos política – desde que Moscou oficializou a integração da península na federação russa, o Parlamento ucraniano votou nesta quinta-feira uma resolução comprometendo o país a bater-se pela “libertação da Crimeia por mais longa e dolorosa que seja essa batalha”. O diploma, votado por iniciativa de Turchinov, pede também à comunidade internacional “para não reconhecer a dita república da Crimeia e a sua anexação à Rússia”.
A União Europeia, que já se assumiu contra a anexação, volta a debater a crise, na cimeira de chefes de Estado e de Governo que começa nesta quinta-feira em Bruxelas. Horas antes do início do encontro, Merkel anunciou no Parlamento alemão que os Vinte e Oito vão alargar a lista de personalidades russas e ucranianas que serão abrangidas pelas sanções decretadas há duas semanas – a proibição de viajar para a Europa e o congelamento de bens que possam ter no espaço europeu.
A chanceler alemã assegura, no entanto, que “a cimeira europeia vai deixar claro que a UE está pronta para, a qualquer momento, passar à fase três das sanções se houver uma escalada na situação”. Um endurecimento, diz que, “passará sem dúvidas por sanções econômicas”.
Em Bruxelas para a cimeira, o primeiro-ministro interino ucraniano, Arseniy Yatseniuk, anunciou que Kiev decidiu “refletir demoradamente” antes de avançar com a ameaça de introduzir um sistema de vistos para os russos que queiram viajar para a Ucrânia. A proposta tinha sido votada pelo Conselho de Segurança Nacional e de Defesa, mas Yatseniuk diz que “é pouco provável” que a iniciativa tivesse impacto junto de Moscou mas poderia ter pesadas consequências para os habitantes do Leste e Sul da Ucrânia, com fortes ligações econômicas à Rússia e onde há uma significativa percentagem da população de etnia russa.

Leia também:
A FALTA DE RAZÃO HISTÓRICA PARA INVASÃO DA CRIMÉIA 
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MOSCOVITAS: USURPADORES HISTÓRICOS
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BELICISMO RUSSO
http://noticiasdaucrania.blogspot.com.br/2014/03/belicismo-russo-bis.html

Assim você compreenderá o que acontece no Leste Europeu.

2 comentários:

  1. Por favor, usem a grafia ucraniana dos nomes próprios/geográficos ucranianos, por exemplo o almirante ucraniano se chama Serhiy Hayduk, respeitem-se e outros nós irão respeitar...

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    1. Caro leitor:
      Que tal você fazer parte da equipe para ajudar na postagem? O salário é excelente: leite de pato.
      O Cossaco

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