Angela Merkel diz que UE está preparada para aprovar sanções econômicas à Rússia no caso de um agravamento da crise.
Soldado ucraniano abandona uma base militar na Crimeia tomada pelas forças pró-russas Filippo Monteforte/AFP
O comandante da Marinha ucraniana na Crimeia, detido quarta-feira
pelas forças pró-russas, foi libertado durante a noite, anunciou a
Presidência ucraniana. A crise na região volta a ser debatida pelos
líderes da União Europeia e a chanceler alemã, Angela Merkel, garante
que estão preparados para uma terceira fase nas sanções
contra a Rússia se houver "uma escalada na situação"
Sergei Gaiduk [Serhiy Hayduk] foi detido por militares – que por não
terem distintivos são identificados como forças leais às novas
autoridades pró-russas da Crimeia – durante a tomada das bases, onde
durante as últimas semanas, viveram cercados algumas centenas de
soldados ucranianos. Vestidos à civil, os militares deixaram as bases
sem incidentes, mas testemunhas contam que o contra-almirante foi levado
pelo que aparentavam ser forças especiais russas. Fontes no local
contaram que Gaiduk [Hayduk] teria sido detido para responder pela autorização
que deu aos homens sob o seu comando para abrirem fogo em caso de tomada
das bases.
Ao início da noite, o Presidente interino da Ucrânia,
Oleksandr Turchinov, ameaçou tomar “as medidas adequadas” se “o poder
autoproclamado da Ucrânia” não libertasse Gaiduk [Hayduk] e outros dirigentes
ucranianos que teriam sido entretanto detidos. Em Moscou, o ministro da
Defesa, Sergei Shoigu, instruiu também os responsáveis locais a
libertarem todos os detidos, o que acabou por acontecer durante a noite.
O
pai de um dos detidos, o deputado do parlamento autônomo Anatoli
Gritsenko, anunciou que o grupo foi libertado junto à aldeia de
Tchongar, num dos postos de controle criados nos últimos dias entre a
Crimeia e o resto da Ucrânia, adianta a AFP.
Endurecimento de sanções
Com a tensão ao rubro – se não militar, pelo menos política – desde que Moscou oficializou a integração da península na federação russa, o Parlamento ucraniano votou nesta quinta-feira uma resolução comprometendo o país a bater-se pela “libertação da Crimeia por mais longa e dolorosa que seja essa batalha”. O diploma, votado por iniciativa de Turchinov, pede também à comunidade internacional “para não reconhecer a dita república da Crimeia e a sua anexação à Rússia”.
Com a tensão ao rubro – se não militar, pelo menos política – desde que Moscou oficializou a integração da península na federação russa, o Parlamento ucraniano votou nesta quinta-feira uma resolução comprometendo o país a bater-se pela “libertação da Crimeia por mais longa e dolorosa que seja essa batalha”. O diploma, votado por iniciativa de Turchinov, pede também à comunidade internacional “para não reconhecer a dita república da Crimeia e a sua anexação à Rússia”.
A
União Europeia, que já se assumiu contra a anexação, volta a debater a
crise, na cimeira de chefes de Estado e de Governo que começa nesta
quinta-feira em Bruxelas. Horas antes do início do encontro, Merkel
anunciou no Parlamento alemão que os Vinte e Oito vão alargar a lista de
personalidades russas e ucranianas que serão abrangidas pelas sanções
decretadas há duas semanas – a proibição de viajar para a Europa e o
congelamento de bens que possam ter no espaço europeu.
A chanceler
alemã assegura, no entanto, que “a cimeira europeia vai deixar claro
que a UE está pronta para, a qualquer momento, passar à fase três das
sanções se houver uma escalada na situação”. Um endurecimento, diz que,
“passará sem dúvidas por sanções econômicas”.
Em Bruxelas para a
cimeira, o primeiro-ministro interino ucraniano, Arseniy Yatseniuk,
anunciou que Kiev decidiu “refletir demoradamente” antes de avançar com
a ameaça de introduzir um sistema de vistos para os russos que queiram
viajar para a Ucrânia. A proposta tinha sido votada pelo Conselho de
Segurança Nacional e de Defesa, mas Yatseniuk diz que “é pouco provável”
que a iniciativa tivesse impacto junto de Moscou mas poderia ter
pesadas consequências para os habitantes do Leste e Sul da Ucrânia, com
fortes ligações econômicas à Rússia e onde há uma significativa
percentagem da população de etnia russa.
Leia também:
A FALTA DE RAZÃO HISTÓRICA PARA INVASÃO DA CRIMÉIA
http://noticiasdaucrania.blogspot.com.br/2014/03/a-falta-de-razao-historica-para-invasao.html
MOSCOVITAS: USURPADORES HISTÓRICOS
http://noticiasdaucrania.blogspot.com.br/2014/02/moscovitas-usurpadores-historicos.html
BELICISMO RUSSO
http://noticiasdaucrania.blogspot.com.br/2014/03/belicismo-russo-bis.html
Assim você compreenderá o que acontece no Leste Europeu.
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http://noticiasdaucrania.blogspot.com.br/2014/03/belicismo-russo-bis.html
Assim você compreenderá o que acontece no Leste Europeu.
Por favor, usem a grafia ucraniana dos nomes próprios/geográficos ucranianos, por exemplo o almirante ucraniano se chama Serhiy Hayduk, respeitem-se e outros nós irão respeitar...
ResponderExcluirCaro leitor:
ExcluirQue tal você fazer parte da equipe para ajudar na postagem? O salário é excelente: leite de pato.
O Cossaco