Ex-pugilista anuncia apoio ao milionário Petro Poroshenko, o "rei do chocolate" pró-ocidental.
Vitali Klitschko,ex-campeão mundial de pugilismo e um dos
líderes da oposição durante os protestos populares em Kiev, retirou a
sua candidatura às eleições presidenciais ucranianas e anunciou o seu
apoio a Petro Poroshenko, um dos homens mais ricos do país.
“As forças democráticas devem apresentar um
candidato único. Esse candidato deve ser quem tem mais apoio. Hoje, a
meu ver, ele é Petro Porochenko”, disse Klitschko, que depois
de pendurar as luvas formou o Udar (Murro), um partido populista
pró-europeu, que fez da denúncia da corrupção a sua bandeira.
Os
protestos contra a recusa do ex-Presidente Viktor Yanukovych em assinar
um acordo de associação com a União Europeia deram-lhe protagonismo, mas
não o suficiente para aparecer como o mais bem colocado nas sondagens
para vencer as eleições de 25 de Maio. Um estudo do Instituto de
Sociologia de Kiev, divulgado quarta-feira, atribuía ao antigo pugilista
9% das intenções de voto, bem atrás dos 25% conseguidos por Poroshenko.
Petro Poroshenko |
A saída de cena de
Klitschko, que anunciou em alternativa a intenção de se candidatar à
câmara de Kiev, coloca sob pressão a ex-primeira-ministra Yulia
Tymochenko, que confirmou quinta-feira a intenção de candidatar-se à
presidência. Apesar de ser a dirigente mais conhecida, dentro e fora do
país, e do tempo que passou na prisão, as sondagens atribuem-lhe menos
de 10% das intenções de voto, ainda assim o suficiente para forçar
Poroshenko a uma segunda volta, numa votação em que se espera a
fragmentação dos votos entre quase uma dezena de candidatos.
“A
situação pede uma consolidação e uma união de esforços”, afirmou
Klitschko num discurso aos militantes do seu partido, sublinhando que
“isto só pode ser conseguido se não dividirmos os votos entre os
candidatos democráticos”.
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