Editorial
Direção
Editorial 20/03/2014
Hoje, em
Bruxelas, o Conselho Europeu tem pela frente uma difícil tarefa: a de pesar e
decidir sanções a Moscou e medidas que atenuem a sua própria dependência
energética da Rússia. O problema é que essa dependência é elevada (a UE paga
3,5 milhões de euros todos os meses à Gazprom russa) e não se atenua de um
dia para o outro, ao contrário da russificação da Crimeia: ao mesmo tempo que
soldados ucranianos eram obrigados a deixar as bases militares sob controlo
russo, estavam já anunciados manuais escolares russos até final do mês para as
escolas e um aumento das pensões de reforma para o nível das praticadas na Rússia.
Tudo rápido, tudo sem oposição que rompa o silêncio, tudo de forma a tornar
impossível um retrocesso. É certo que há retaliações econômicas e outras, tais
como obrigatoriedade de vistos, mas a velocidade da absorção da Crimeia pela
Rússia obriga o mundo a ter de viver com ela. Resta saber a que preço.
Principais rotas dos gasodutos da Gazprom russa para a Europa
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