Crimeia: tártaros podem avançar com referendo
26/03 17:32 CET
Os tártaros da Crimeia admitem seguir o exemplo do governo pró-russo e avançar com um referendo.
O objetivo é definir uma posição na república autônoma da Ucrânia, entretanto, anexada por Moscou.
Boicotaram o referendo realizado a 16 de março, mas recusam ser marginalizados.
“Na Crimeia vivem 300 mil tártaros. A nossa comunidade é mais
pequena do que a russa e a ucraniana, mas esta é a nossa terra. Ninguém
nos perguntou, nem antes do referendo ou da invasão de tropas russas,
como queremos viver e em que condições” refere Refat Chubarov, líder dos
tártaros da Crimeia.
Deportados em massa da Ásia Central para a Crimeia durante a II
Guerra Mundial, os tártaros representam cerca de 12 por cento da
população da península.
A decisão de avançar ou não com a consulta popular deve ser tomada este sábado.
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Ucrânia: Polícia mata líder ultranacionalista. ‘Pravy Sektor’ exige demissão do ministro do Interior
26/03 00:02 CET
A polícia ucraniana abateu, esta terça-feira, um líder da extrema-direita
ultranacionalista durante uma operação para o capturar na cidade de
Rivne, cerca de 200 km a nordeste de Lviv, na região ocidental da Ucrânia.
Conhecido pelo pseudónimo “Sashko Bilyi”, Oleksandr Muzytchko era um
dos líderes do ‘Pravy Sektor’, o Setor Direita, que agora pede a cabeça
do ministro da Administração Interna:
“Não podemos ficar em silêncio enquanto o ministro do Interior está a
agir contra a revolução. É por isso que pedimos a demissão imediata do
ministro Arsen Avakov. Também exigimos que o comandante das ‘Sokil’, as
forças especiais da polícia e todos os responsáveis pelo assassinato
sejam presos”, afirmou o líder do recém-formado partido ‘Pravy Sektor’.
Conhecido pelo pseudónimo “Sashko Bilyi”, Oleksandr Muzytchko
As autoridades de Kiev afirmam que o
líder da extrema-direita abriu fogo sobre a polícia que acabou por
abate-lo. O ‘Pravy Sektor’ fala em assassinato:
“Se estavam presentes dezenas de polícias das forças especiais, acho
que o poderiam ter capturado vivo e depois explicar quais foram os
crimes que cometeu e de que grupo criminoso era membro. Mas parece que o
feriram, prenderam e depois lhe deram um tiro no coração”, afirmou Ihor
Mazur, membro do Setor Direita.
O tiroteio ocorreu segunda-feira à noite num café. Muzytchko era
procurado por associação criminosa. O governo provisório de Kiev deixou
um aviso:
“Chamo bandidos, a todos os que se disfarçam no meio do ‘Pravy
Sektor’, do ‘Batkivschina’ ou do ‘Samooborona’. Os verdadeiros patriotas
estão a defender as fronteiras da Ucrânia, não andam a assaltar
empresas e a ocupar casas, como os bandidos, particularmente os que
andam com espingardas não registradas”, afirmou o ministro interino do
Interior, Arsen Avakov.
Na operação que acabou com a morte de Muzytchko, três alegados
cúmplices deste líder ultranacionalista foram detidos e enviados para
Kiev onde irão responder a acusações de banditismo.
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Ucrânia: Anunciada a dissolução da “Berkut”
26/02 12:07 CET
O ministro do Interior interino ucraniano, Arsen Avakov, anunciou esta terça-feira a dissolução do corpo da polícia antimotim “Berkut”.
Esta força policial foi utilizada na repressão das manifestações populares que levaram à queda do regime de Viktor Yanukovytch.
Durante a madrugada o ministro escreveu na sua página do Facebook:
“Os ‘Berkut’ não existem mais. Assinei o despacho N.º 144, de 25 de
fevereiro de 2014, para a liquidação das unidades especiais da polícia
de segurança pública ‘Berkut’”.
Arsen Avakov acrescentou ainda que hoje falará à imprensa para explicar a decisão.
No domingo o partido nacionalista Svoboda tinha apresentado um
projeto de lei para dissolver o corpo da polícia de choque, ao qual é
atribuída a maioria das mortes durante os sangrentos confrontos da
semana passada em Kiev, em que morreram 82 pessoas mortos e cerca de 700
foram feridas.
Também conhecidos por “boinas vermelhas”, os “Berkut” foram criados em 1992 com base em forças especiais da polícia da Ucrânia soviética.
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Fuga de capitais da Rússia já ascende a 3% do PIB
Investidores internacionais e grandes depositantes russos estão a
transferir o dinheiro do país. Vice-ministro da economia reconhece que o
montante retirado até agora já ultrapassa o total de 2013.
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