Antiga primeira-ministra foi libertada em Fevereiro, no auge da
revolução que levou ao afastamento do Presidente Viktor Yanukovych.
Yulia Tymoshenko ex primeira-ministra
Yulia Tymoshenko, a figura mais emblemática da Revolução Laranja e ex primeira-ministra, anunciou nesta quinta-feira a sua candidatura à
Presidência da República da Ucrânia.
"Nenhum dos políticos ucranianos que se preparam
para ser candidatos à presidência se dá conta do alcance da anarquia e
nem se dispõe a detê-la", disse Tymoshenko.
A ex primeira-ministra, que esteve presa dois anos e meio, convocou uma conferência de imprensa em Kiev para confirmar aquilo que já se esperava desde o momento em que foi libertada, há um mês, no auge da revolução que levou ao afastamento do Presidente Viktor Yanukovych.
Aos
53 anos de idade, Yulia Tymoshenko vai enfrentar nas eleições (marcadas
para 25 de Maio) o antigo pugilista Vitali Klitschko, líder do partido
Udar ["murro"] e um dos rostos da oposição a Viktor Yanukovych, que anunciou a sua candidatura em finais de Fevereiro.
Yulia
Tymoskenko teve um papel fundamental na revolução de 2004-2005, após as
acusações de fraude nas eleições presidenciais de 2004, ganhas por
Viktor Yanukovych (então primeiro-ministro) numa segunda volta contra
Viktor Yushenko, à época líder da oposição. Depois de vários protestos, o
Supremo Tribunal da Ucrânia ordenou a repetição da segunda volta, em
Dezembro de 2004, que deu a vitória a Yushenko.
Seis
anos depois, em 2010, Viktor Yanukovych vencia as presidenciais, também
à segunda volta, precisamente contra Yulia Tymoshenko, então
primeira-ministra.
Nascida em Novembro de 1960 em Dnipropetrovsk, Yulia Tymoshenko foi a primeira mulher chefe de Governo da Ucrânia,
tendo liderado o executivo em duas ocasiões – primeiro entre Janeiro de
2005 e Março de 2010, e depois entre Dezembro de 2007 e Março de 2010
(quase sempre sob a presidência de Viktor Yushenko, à exceção do último
mês do segundo mandato, após a vitória nas eleições presidenciais de
2010 de Viktor Yanukovych).
Depois da derrota nas eleições de
2010, Yulia Tymoshenko foi alvo de várias acusações em tribunal, tendo
sido condenada em finais de 2011 a sete anos de prisão por desvio de
fundos e abuso de poder.
Os processos contra Yulia Tymoshenko
foram vistos na União Europeia como uma perseguição política movida pelo
campo de Viktor Yanukovych, pelo que a sua libertação foi considerada imprescindível para que a Ucrânia pudesse assinar um acordo de parceira com Bruxelas, em finais de Novembro do ano passado.
Lamentável. O único lado positivo da candidatura dela é que quanto mais candidatos, mais “legítima” aparenta ser a eleição, o que talvez segure um pouco mais uma invasão russa (tudo indica o contrário, infelizmente).
ResponderExcluirТимошенко: Я єдина вмію очистити владу від корупції (eu sou a única que sei limpar o Governo da corrupção)
ResponderExcluirQue mentira!! A carreira política da Sra. Tymoshenko começou em 1997. No início foi assistente de um dos maiores corruptos da Ucrânia, hoje refugiado em algum lugar do mundo. Yulia sabe muito bem como corromper e também quais caminhos seguir para os paraísos fiscais, pois foram encontradas mais de 80 contas dela e de seus familiares no exterior.
A prisão dela foi injusta no sentido de ser por motivações políticas, pois Yanukovich não governaria estando ela em liberdade, uma vez que ela sabia muito bem da condição de cada um dos que faziam parte do governo. Simplesmente uma podridão da qual faz parte Yulia.
Uma das atitudes grotescas dela foi a declaração para que os deputados da partido ao qual ela pertence, não votassem pela volta da constituição de 2004, (com equilíbrio entre os poderes) justamente porque ela quer - se eleita for - os plenos poderes como presidente. Será mais uma vez o caos para a Ucrânia. Será a mesma era de Yanukovich.
Yulia está com apenas 8,4% da intenção de votos, figurando em 3º lugar.