O candidato às eleições presidenciais
ucranianas, Petro Poroshenko prestou homenagem, este domingo, aos
mortos, durante os protestos em Maidan.
Foi a oportunidade para uma pequena caminhada, para reforçar a sua
posição de favorito. As sondagens atribuem-lhe 25 por cento das
intenções de votos.
Petro Poroshenko está pronto para negociar com a Rússia, mas há pré-condições:
“Estamos prontos para um compromisso significativo com a Rússia. Temos uma condição muito simples, a desocupação da Ucrânia
para manter a soberania e integridade territorial da Ucrânia, para
manter a independência da Ucrânia e, por isso, as forças russas devem
sair da península da Crimeia. A Crimeia deve permanecer ucraniana e, se
isso acontecer, estamos prontos para lhe dar uma autonomia
significativa. Estamos prontos para dar um estatuto especial a
Sebastopol, estamos prontos para conceder um regime especial de
tributação a toda a Crimeia”, disse, numa entrevista à euronews.
Os militares ucranianos começaram a sair da península, na
terça-feira passada. Poroshenko tinha alertado para a situação de
insegurança das famílias dos militares ali estacionados e da população
de origem tártara.
E sublinhou o seu compromisso com a integridade territorial da Ucrânia:
“Não aceitamos qualquer cenário federalista. Nós não aceitamos e
lutamos contra qualquer movimento separatista. Lutamos para que a
Ucrânia seja unida, forte, poderosa, economicamente sustentável e acho
que teremos um primeiro resultado, muito em breve.”
Na semana passada, o FMI anunciou uma
ajuda de 14 a 18 mil milhões de dólares a Kiev, mas três mil milhões
podem chegar já, para evitar rupturas no tesouro.
Para isso, a Ucrânia terá de fazer reformas dolorosas.
“Esse programa de reformas deve ser feito, à medida das pessoas –
disse o candidato, à euronews – caso contrário, as pessoas mais
pobres não vão acreditar no programa de reformas do FMI.
Agora vemos que o programa de reformas, mesmo sendo uma questão
difícil, é apoiado pelo povo. Porque se trata de uma comunicação muito
franca, muito direta, com as pessoas”.
Petro Poroshenko, conhecido como “o rei do chocolate”, com uma
fortuna avaliada em 1,4 mil milhões de dólares, segundo a “Forbes”. A
sua empresa figura na lista das 20 maiores do mundo, na indústria da
confeitaria.
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