Os ucranianos estão a preparar-se para uma eventual guerra com a Rússia. Nesta base perto de Kiev, vários voluntários estão a treinar-se para se juntarem à recém-criada Guarda Nacional.
O governo ucraniano chamou 40 mil militares na reserva para
contrariar o que diz ser uma agressão da Rússia na Crimeia. O ministro
do Interior, Arsen Avakov, confirma que o país está preparado para a
guerra: “Nos próximos dias, a Ucrânia
vai ter uma unidade pronta para o combate, que não quer combater, mas
que tem a firme intenção de proteger as fronteiras da Ucrânia e a ordem
neste país. Glória à Ucrânia”.
Dos 40 mil reservistas chamados, metade vai integrar as forças armadas e a outra metade a nova Guarda Nacional.
“Ninguém além de nós, os cidadãos da Ucrânia, pode proteger o país.
Vamos dar o nosso melhor”, diz Yan, um antigo guarda-costas que faz
parte deste grupo de voluntários.
Muitos reservistas estão a ser colocados nas zonas fronteiriças,
nomeadamente na fronteira que separa a Crimeia do resto da Ucrânia, onde
os militares de ambos os lados estão a criar uma zona-tampão. A Ucrânia
quer evitar que o cenário da Crimeia se repita noutras regiões do
sudeste do país.
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Yatsenyuk: “estamos à beira do desastre”
Kiev encara as ações da Rússia na Crimeia como uma declaração de guerra.
A Ucrânia quer evitar um conflito armado com Moscou, mas prepara-se para o pior.
O governo colocou o exército em alerta máximo, mobilizou os soldados na reserva e encerrou o espaço aéreo a aviões não civis.
“Estamos à beira do desastre, mas acreditamos que os nossos
parceiros ocidentais e toda a comunidade internacional vão apoiar a
integridade territorial e a unidade da Ucrânia” refere o
primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk.
Países como os Estados Unidos ameaçam avançar com sanções contra a Rússia, mas os ucranianos pedem mais.
Nas ruas de Kiev reina a apreensão.
“Estamos obviamente muito preocupados com os filhos da Ucrânia, mas
vamos utilizar todos os meios necessários para proteger o nosso país,
tanto moral como fisicamente” refere uma ucraniana
“Não queremos uma guerra. É a única coisa que posso dizer. Não
queremos um conflito armado. Especialmente, com a Rússia, com quem temos
vivido lado a lado. Esta é uma questão política e as pessoas não deviam
andar a matar-se” adianta um homem.
As ameaças de Moscou estão a aproximar os ucranianos. Um dos homens
mais ricos do país e defensor de Viktor Yanukovych veio a público
apelar à unidade dos cidadãos para evitar a divisão da Ucrânia.
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