terça-feira, 18 de março de 2014

Ucranianos preparam-se para a guerra

18/03 03:19 CET

Os ucranianos estão a preparar-se para uma eventual guerra com a Rússia. Nesta base perto de Kiev, vários voluntários estão a treinar-se para se juntarem à recém-criada Guarda Nacional.
O governo ucraniano chamou 40 mil militares na reserva para contrariar o que diz ser uma agressão da Rússia na Crimeia. O ministro do Interior, Arsen Avakov, confirma que o país está preparado para a guerra: “Nos próximos dias, a Ucrânia vai ter uma unidade pronta para o combate, que não quer combater, mas que tem a firme intenção de proteger as fronteiras da Ucrânia e a ordem neste país. Glória à Ucrânia”.
Dos 40 mil reservistas chamados, metade vai integrar as forças armadas e a outra metade a nova Guarda Nacional.
“Ninguém além de nós, os cidadãos da Ucrânia, pode proteger o país. Vamos dar o nosso melhor”, diz Yan, um antigo guarda-costas que faz parte deste grupo de voluntários.
Muitos reservistas estão a ser colocados nas zonas fronteiriças, nomeadamente na fronteira que separa a Crimeia do resto da Ucrânia, onde os militares de ambos os lados estão a criar uma zona-tampão. A Ucrânia quer evitar que o cenário da Crimeia se repita noutras regiões do sudeste do país.
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Yatsenyuk: “estamos à beira do desastre”

Kiev encara as ações da Rússia na Crimeia como uma declaração de guerra.

A Ucrânia quer evitar um conflito armado com Moscou, mas prepara-se para o pior.

O governo colocou o exército em alerta máximo, mobilizou os soldados na reserva e encerrou o espaço aéreo a aviões não civis.

“Estamos à beira do desastre, mas acreditamos que os nossos parceiros ocidentais e toda a comunidade internacional vão apoiar a integridade territorial e a unidade da Ucrânia” refere o primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk.

Países como os Estados Unidos ameaçam avançar com sanções contra a Rússia, mas os ucranianos pedem mais.

Nas ruas de Kiev reina a apreensão.

“Estamos obviamente muito preocupados com os filhos da Ucrânia, mas vamos utilizar todos os meios necessários para proteger o nosso país, tanto moral como fisicamente” refere uma ucraniana

“Não queremos uma guerra. É a única coisa que posso dizer. Não queremos um conflito armado. Especialmente, com a Rússia, com quem temos vivido lado a lado. Esta é uma questão política e as pessoas não deviam andar a matar-se” adianta um homem.

As ameaças de Moscou estão a aproximar os ucranianos. Um dos homens mais ricos do país e defensor de Viktor Yanukovych veio a público apelar à unidade dos cidadãos para evitar a divisão da Ucrânia.
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