segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

O CASO BULATOV

Wysokyi Zamok (Castelo Alto), 02.02.2014
Ivan Farion

За майданівцями полюють «ескадрони смерті»
O lider do Automaidan Dmytro Bulatov voou em direção a Riga para tratamento da saúde em uma clínica européia e para obter proteção contra as perseguições. Também para obter reabilitação após torturas sofridas, avisou em sua página do Facebook Petró Poroshenko.

"Agradeço ao secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ao comissário europeu Stefan Fule, ao ministro das relações exteriores da Alemanha, Frank-Walter SHTeynmayeru, ao ministro das relações exteriores da Lituânia Linas Lunkyavychusu, outros ministros da UE, também a todos os políticos internacionais, que nós auxiliavam", - disse Poroshenko.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry e os embaixadores europeus foram pessoalmente à clínica para proteger Bulatov. Também eles preocuparam-se com a hospitalização de Bulatov no exterior.
Os policiais de Yanukovych esforçavam-se para entregar a Bulatov a ordem de prisão, mesmo depois que o ministro do interior garantiu a permissão para o tratamento no exterior ao chefe do Departamento de Estado dos EUA John Kerry. Inicialmente falou-se em prisão na cadeia mesmo, depois falaram em prisão domiciliar. Na clínica e proximidades havia muitos policiais à paisana.
 
Enquanto os europeus e os  americanos protegiam Bulatov na clínica, o ministro das relações internacionais, ukrainiano, Kozhara, participava em Munique, de uma conferência internacional sobre Segurança. Ele disse que não houve nenhuma tortura, que o sequestro foi uma encenação e que Bulatov apresentou apenas um arranhão na face. (O sujeito é um cínico!!! O Cossaco) Os diplomatas europeus se abstiveram de conversar com ele.

Bulatov, além de ser um dos organizadores do Automaidan, ele e os amigos assumiram uma função protetora. Quando o Berkut perseguia uma pessoa, batia nela, machucando-a e queimava seu carro,  Bulatov e sua turma perseguiam os soldados do Berkut até pegá-los e os entregavam aos órgãos de proteção sob protocolo.

Uma das versões  é que  atrás do  seqüestro e torturas a Bulatov está o "esquadrão da morte" que trabalham no Ministério do Interior. Eles identificam-se com as "águias de Kravchenko" que, em 1999 torturaram e mataram o jornalista Hyorhii Gongadze. Próximo da aldeia onde na noite gelada jogaram Bulatov há um Departamento da Polícia e uma base de treinamento. Também alguns barracões abandonados que poderiam facilmente aquecer os monstros de uniforme.

Outra versão é que quando o Automaidan piqueteou o esplendido palacete de Medvedchuk (compadre de Putin) este ameaçou: "Querem guerrear? Eu sei guerrear". Então, amigos desconfiam que Medvedchuk, através de seus protetores em Moscou colocou suas mãos em Bulatov. Bulatov comentou que seus algozes tinham uma pronúncia diferenciada. Segundo os linguistas a pronúncia dos ukrainianos que usam o idioma russo é bem diferente da pronúncia dos russos.

Que há esquadrões da morte no ministério do interior diz 100% convencido, o antigo porta-voz do Serviço de Proteção da Ukraina Stanislav Rechynsky.

Bulatov permaneceu no subsolo, o tempo todo com olhos vendados. Ele diz que sobreviveu graças à sua grande força de vontade. Nos últimos dois dias não lhe deram nenhuma comida.

No ministério do interior não revelaram preocupação em encontrar Bulatov nos dias que ele esteve desaparecido. E o fato de ele ter sido libertado com vida as pessoas pensam que seria para que todos vissem o que pode lhes acontecer no caso de não se transformarem em pacatas cordeirinhas.

(E, se não fosse a ajuda dos políticos e homens públicos do exterior, que vieram a Kyiv, Bulatov já estaria novamente preso e as torturas continuariam. Foi preciso meio mundo para interceder pela vida de uma pessoa perante as atitudes bestiais, indignas de qualquer ser humano, muito menos dos homens que respondem pelo governo de um país. - OK).

Tradução: Oksana Kowaltschuk

Um comentário:

  1. Que Deus guarde a Ukrania e seus filhos, e os afaste do jugo Russo.

    Luiz Claudio

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